NET e Claro tentam conluio novamente com a Anatel para limitar a Internet

NET e Claro tentam conluio novamente com a Anatel para limitar a Internet. Caso tenham sucesso, num mercado altamente monopolizado como o das operadoras, significará o fim das conexões ilimitadas no país


1 de fevereiro de 2019

Depois de terem seus planos frustrados em 2016, NET e Claro tentam conluio novamente com a Anatel para limitar a Internet, a fim de convencer a quadrilha agência reguladora a permitir que vendam pacotes franqueados. Caso tenham sucesso, num mercado altamente monopolizado como o das operadoras de internet no Brasil, significará na prática o fim das conexões ilimitadas.

Fiquei sabendo desta novidade temerosa num artigo do Adrenaline, “NET e Claro voltam a falar com a Anatel sobre limitar a internet com franquias“, assinado por Mateus Mognon, e foi o assunto abordado na 43ª edição das Notícias do Facínora:

Como gameplay, o Facínora jogou um skirmish offline contra bots no Quake Champions: Doom Edition 2.0, no mapa 12 do Aeon QCDE, Hong Kong Adventures.

Enfim, ao contrário da forte reação negativa de 2016 a esta proposta indecente, desta vez, por algum motivo, pouca gente parece ter dado atenção. Talvez seja por causa do novo governo ou pelo desastre em Brumadinho monopolizando o debate na rede nos últimos dias, mas se a Anatel acatar esta tentativa (e mesmo que não acate, eles podem tentar novamente sempre que der na telha), até estas discussões mais urgentes ficarão prejudicadas.

Claro, se não fossem estas regulações, se as operadoras viessem substituindo os planos de internet ilimitada por esses seus planoszinhos franqueados de meia tigela, nem precisaríamos preocupar, pois logo entraria algum outro competidor disposto a suprir a demanda por uma conexão decente, mas não é o caso.

No vídeo, o Facínora aborda como as regulações impostas pela a Anatel são na verdade entraves e barreiras a entrada de novos competidores no mercado, criando um oligopólio onde menos de 10 empresas enormes podem prover Internet no país. Como qualquer aspirante a concorrente, especialmente os pequenos, é impedido, sob ameaça de violência, de entrar no mercado, estas firmas ficam numa posição confortável, podendo não apenas manter o serviço tradicionalmente porco que sempre ofereceram aos brasileiros, mas tentar formas de piorar mais ainda para lucrarem ainda mais. Isto é o chamado corporativismo [3].

Embora este episódio tenha sido feito de forma bastante casual ou mesmo que a nova tentativa seja frustrada sem necessidade de muita gente se manifestar, é importante frisar que isso não é apenas é gravemente péssimo para o mercado e para a sociedade, mas também a imoralidade que são estas regulações, como e porque elas surgem.

Pela abolição imediata da Anatel

Para aprofundar mais ainda neste raciocínio e mostrar a imoralidade desta “indecente autarquia reguladora”, que é “a responsável pela péssima qualidade da telefonia e da internet brasileiras, bem como pela carestia dos serviços”, assista também o vídeo do Paulo Kogos abaixo:

http://youtu.be/y0j4Wbg8aFY

Fontes e mais

  1. NET e Claro voltam a falar com a Anatel sobre limitar a internet com franquias – Fonte e notícia original.
  2. Desastre na Grande BH: Barragem da Vale rompe na cidade de Brumadinho – Aconteceu relativamente perto do Facínora.
  3. A ameaça iminente da regulação do videogame – Neste texto e vídeo, também se fala como as grandes empresas se beneficiam das regulações estatais para impedir a concorrência, expondo como o corporativismo tem sendo feito no mercado dos games.
  4. Considerações econômicas, sociais e morais sobre a hype – Um outro assunto relevante que afeta este mercado em questão.
  5. Anatel já aprontava em 2011 – Olavo de Carvalho mostra que em 2011, anos antes dessa canalhice de cartéis de operadoras de Internet, a Anatel já estava a aprontar.
  6. Provedoras incompetentes em acordo com a Anatel para piorar a internet BR ainda mais – Publicação de 2016 onde noticiamos a primeira vez que tentaram esta presepada.
  7. Regulações protegem os regulados e prejudicam os consumidores – Artigo de Hans F. Sennholz.

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