Impressora Que Toca Música Do Doom… E Mais!

22 de junho de 2015

Hoje mais cedo, o Rodrigo Dukke Monterier, um dos fãs mais ativos da página Curtas do Doomguy no Facebook, nos enviou este vídeo do canal Midi Desaster que mostra uma antiga impressora matricial, que foi convertida em uma caixa de som, tocando uma música da trilha sonora do Doom, pra variar, a E1M1.

Eu já tinha visto este vídeo antes, e não dei muita bola, porém, como não tinha nada mais interessante pra publicar aqui hoje, resolvi adicionar o vídeo aqui. Lá fala que, a música, que foi composta originalmente por Bobby Prince, poderia ser tocada na sua antiga impressora, se você tivesse o soundblaster configurado corretamente e tivesse jogado Doom:

Legal né? Mas para fazer isso, ou eu não entendi muito bem o que o cara quis dizer, ou não é tão simples assim.

Fiz uma pequena pesquisa e achei um resumo de como uma antiga impressora de 24 pinos foi convertida em um gerador de som compatível com MIDI, com até 21 notas as quais podem ser tocadas simultaneamente, num vídeo.

A peça de hardware, que ainda consegue imprimir textos normalmente, foi chamada de Desaster (ao que parece) e apresenta até 16 canais MIDI com volume e pitch individual.

Uma Atmega8 e uma FPGA são conectadas a várias partes da placa mãe original da impressora. A Atmega controla as mensagens de entrada MIDI, comunica-se com a FPGA e gerencia os motores stepper da cabeça da impressora e alimentação de papel. A FPGA é configurada para gerar vários sinais de modulação com largura de pulso, com frequência independente e ciclo de tarefas para controlar os pinos individuais da impressora.

As peças eletrônicas externas e a placa mãe da impressora foram conectadas usando um cabo normal centronics e um conector 9 pinos, já que o cabo da impressora não tinha fios suficientes.

A parte eletrônica apresenta um conector padrão MIDI DIN que é conectado a um conversor USB-MIDI. É possível conectar um teclado MIDI ao invés de um PC e jogar.

O firmware Atmega responde a todos os 16 canais de MIDI, mas isto pode ser reduzido a certos canais, se a impressora deve tocar junta com outros geradores de som.

A FPGA é uma Xilinx Spartan-3E em uma placa de desenvolvimento (“Spartan-3E Starter Kit”). Foi muito exagerado para a aplicação que gera 21 sinais PWM, mas é o que o cara que inventou essa onda aí tinha disponível.

A frequência de impressão original era de aproximadamente 1kHz, com uma largura de pulso de 300µs. Então, cada pino atinge o papel no máximo de 1000 por segundo quando imprime as coisas. A eletrônica MIDI aumenta isso de poucos Hz para até 2Hz.

Quando a largura de pulso é reduzida, o papel fica mais quieto porque o pino atinge o papel com menos força. Desta maneira, o “canal de volume” e a “velocidade de tecla” são implementadas.

Veja Por Trás Dos Bastidores

É cada coisa né? Você acha que vale a pena converter sua antiga impressora matricial em uma caixa de som? Você acha que não compensa, mas a experiência é interessante? Será que o nome da impressora foi tirada da Total Desaster (Destruction)? Deixe sua opinião nos comentários!

Você pode ver outras músicas sendo tocadas pela Desaster acessando o canal oficial dela no YouTube.

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