Total Carnage

Dois homens têm a coragem e o heroísmo para lutar através de níveis entupidos de inimigos!


9 de novembro de 2020

Total Carnage é um jogo de tiro multidirecional e uma pseudossequência do Smash TV (um jogo de 1990 da Williams) ambientada em uma paródia futurista da primeira Guerra do Golfo. Foi desenvolvido pela Midway e lançado inicialmente aos fliperamas em janeiro de 1992.

O Total Carnage, embora com muita ação, bons gráficos e efeitos em geral, vendeu muito poucas máquinas em sua época, mas, mesmo assim, ainda rendeu ports para um bom número de plataformas, em algumas delas saindo como parte de coletâneas para sistemas mais modernos (menos velhos).

Talvez a razão do Total Carnage fracassar financeiramente (não conseguiu vender 2000 máquinas) foi por uma dificuldade irritantemente imperdoável em sua versão de arcade, sendo um belo papa-fichas. Entretanto, isto fez com que o seu desenvolvedor chefe, Mark Turmell, tomasse um projeto diferente para sue próximo game, o que resultou no altamente bem sucedido NBA Jam.

Vídeos

Acima, temos o gameplay comentado do Total Carnage feito e publicado pelo canal Defenestrando Jogos. O vídeo é bastante informativo e a principal fonte de dados desta publicação.

Temos também a versão de Game Boy sendo detonada, sem comentários, num vídeo do World of Longplays.

Enredo

A guerra de 1999 deixou o país de Kookistan em ruínas. Naturalmente, um ditador chamado General Ahkboob tomou o controle da nação sitiada e começou a criar um exército de mutantes radioativos.

Com uma fortaleza praticamente impenetrável, um bando de reféns, inúmeros tanques de guerra e vastas legiões de infantaria e mutantes biogenéticos sob seu total comando, o déspota não se deterá em nada em sua busca pela dominação mundial.

Assim, apenas dois homens têm a coragem e o heroísmo para resgatar os civis e prisioneiros de guerra, enfrentar Akhboob e eliminar suas forças — Captain Carnage e Major Mayhem — também conhecidos como Doomsday Squad.

Gameplay

Em Total Carnage, um ou dois jogadores devem lutar através de níveis entupidos de inimigos, resgatando repórteres e civis à medida em que avançam e correm para frente, para trás, para a esquerda, para a direita e diagonalmente por 20 zonas de batalha. Cada fase tem um chefão, e existe também um sistema de password para levar às partes avançadas do game.

Você sempre terá sua metralhadora ao seu lado, sendo que armas adicionais podem ser coletadas ao longo do caminho e incluem lançadores de granadas, lançadores de foguetes, metralhadoras de plasma, lança-chamas, rifles de pulverização, lâminas defensivas e uma variedade de bombas.

O jogo mantém o controle dual-joystick (o joystick esquerdo move enquanto o direito dispara) do seu predecessor (Smash TV), sendo igualmente intimidador para quem não o conhecia, mas é bem mais difícil e introduz novas armas, inimigos e fases com rolagem lateral.

Ser alvejado por fogo inimigo ou colidir contra obstáculos perigosos resultará na perda de uma vida e, uma vez que todas as vidas sejam perdidas, é game over, a menos que se insiram mais créditos na máquina (ou emulador).

Assim como em seu predecessor, Total Carnage apresenta o infame “Pleasuredome”, um nível de bônus acessível apenas se os jogadores conseguirem recolher as 220 chaves que estão escondidas ao longo dos níveis do jogo.

Curiosidades

  • O papel do general Akhboob como uma paródia de Saddam Hussein torna-se óbvio durante as cutscenes do jogo, assim como ele repetindo slogans do Smash TV. Ele faz uma referência óbvia à Guerra do Golfo ao declarar que “tudo o que estamos fazendo é infantil”.
  • Durante o jogo, há uma mensagem que diz “os Pistons governarão a NBA”. Esta é uma referência ao Detroit Pistons, equipe de basquete americana da qual Mark Turmell era fã. 12 anos depois, os Pistons venceriam o campeonato da NBA.
  • O Total Carnage foi publicado originalmente pela própria Midway.
  • A maioria da equipe que trabalhou em Smash TV foi responsável pelo desenvolvimento do Total Carnage, e ambos compartilham muitos elementos de gameplay, embora o título da Midway traga também suporte a dois jogadores simultâneos, rolagem de tela, grandes veículos inimigos, a capacidade de coletar e posicionar bombas e uma variedade muito maior de cenários.
  • No final de 1993, o jogo foi portado pro SNES pela Black Pearl Software e publicado pela Malibu Games. Esta versão imita o aspecto de controle duplo do arcade original mapeando os quatro botões principais do console (A, B, X e Y) como um D-pad, permitindo que o jogador atire em uma direção enquanto corre em outra.
  • Existem várias diferenças na versão de Super Nintendo em relação à de fliperama, como sangue repintado de verde, remoção de várias cenas de gore e consideradas violentas ou controversas (como uma referência a Adolf Hitler), uma redução no número reféns, diálogos alterados, modificação no visual do primeiro chefão e os efeitos gráficos e outros detalhes.
  • Rebel Rumble, um mod para Doom criado pelo Captain J, foi desenvolvido sob forte inspiração no Total Carnage.
  • Originalmente, o jogo foi programado para exibir um dos dois finais após a conclusão do nível de bônus Pleasuredome. Um final apresentaria as mulheres do Smash TV, se o jogador coletasse todos os tesouros da cúpula. Um segundo final ruim mostrou a mesma tela sem as mulheres, junto com uma mensagem desafiando o jogador a coletar todo o tesouro da cúpula. No entanto, um bug no jogo causou o bom final de ser exibido com o texto final ruim, não importando quantos tesouros fossem coletados.
  • Em 31 de janeiro de 1995, o Total Carnage foi colocado no infame índice de jogos proibidos alemão pelo BPjS. É alguma frescura chucrute deles lá.
  • Originalmente, o jogo dois finais que poderiam aparece após a conclusão do Pleasure Dome. Um apresentaria as mulheres e personagens jogáveis ​​de Smash TV e seria exibido se o jogador coletasse todos os tesouros na cúpula, enquanto o final “ruim” mostra a mesma tela sem as mulheres junto com uma mensagem desafiando o jogador a coletar todo o tesouro da cúpula. No entanto, um bug fez com que o final “bom” fosse exibido com o texto final “ruim”, não importando quantos tesouros fossem coletados. O bug foi descoberto durante os testes da compilação Midway Arcade Origins, de 2012. Em resposta, Mark Turmell, designer líder do game, afirmou que se lembra de escrever código para ambos os finais, mas não sabia por que este foi alterado. Ele sugeriu que poderia ter mantido o bug como uma piada, e este acabou mesmo não sendo corrigido na Origins.
  • As versões de Amiga e CD32 foram criadas pelo desenvolvedor do Reino Unido International Computer Entertainment, sob supervisão e apoio da Midway. Estas foram lançadas em 1994.
  • Na mesma época, uma conversão para MS-DOS feita pela Hand Made Software também foi lançada.
  • Em fevereiro de 1994, o título saiu pro Game Boy pela Malibu Games na América do Norte e Europa.
  • As versões para Mega-CD e Mega Drive estavam em desenvolvimento pela Black Pearl Software e planejadas para serem publicadas pela Malibu Games, mas nada foi lançado oficialmente ao público por razões desconhecidas, apesar de ser anunciada e visualizada em algumas revistas de videogame. Segundo consta, um cartucho protótipo do port de Genesis está atualmente sob propriedade do colecionador de videogame Jason Wilson.

Diferenças da versão de Super Nintendo

Como supracitado, tm relação ao Total Carnage original (de fliperama), o port de SNES do game apresenta uma série de diferenças:

  • Todo o sangue foi recolorido de verde.
  • Vários efeitos de gore foram removidos.
  • Em uma cutscene, um soldado que foi devorado por um monstro foi substituído por uma van.
  • A variedade de reféns foi reduzida (por exemplo, não tem mais soldados), e eles não gritam por socorro.
  • Alguns diálogos foram alterados.
  • A aparência do primeiro chefão e vários efeitos gráficos durante esta batalha foram removidos.
  • Na segunda fase, a sequência que envolve uma cadeira elétrica foi removida.
  • Durante a batalha contra o chefão final, toda a segunda fase foi removida por causa de uma referência a Hitler.
  • Na sequência final (que aparece quando zera o jogo), o vilão vai para a cadeia em vez da cadeira elétrica.

Detalhes técnicos

  • Hardware: Midway Y Unit;;
  • CPU principal: TMS34010 (@ 6.25 MHz);
  • CPU de som Motorola M6809 (@ 2 MHz);
  • Chipes de som: Yamaha YM2151 (@ 3.57958 MHz), DAC, OKI6295 (@ 8 KHz);
  • Jogadores: 2;
  • Controles: joysticks duplos de 8 direções.

Equipe

Em parênteses, tem as abreviações dos nomes como aparecem na tela de high scores do Total Carnage:

  • Design: Mark Turmell (MJT), John Tobias (JON), Shawn Liptak (SL!), Jim Gentile, Eugene Jarvis (DRJ) (EPJ) e Tony Goskie.
  • Música e sons: Jon Hey (HEY).
  • Vozes: Ed Boon (EJB). Sim, é o do Mortal Kombat.
  • Pixel art: John Tobias (Sim, o do MK também) e Tony Goskie;
  • Agradecimentos: George N. Petro (GNP), Larry DeMar (LED), Todd Allen, Cary Mednick, Sheridan Oursler, Mark Loffredo, Ray Gay, Ray Czajka e Betty Purcell.
  • Outros da tabela de high scores: Jamie Rivett (RJR), (SYD), (PJS), (DAN), (DJT), (JPW), (NED), (BUY) e (WMS).

Ports

Como dito acima, o Total Carnage foi portado para um bom número de plataformas, sendo em algumas delas como parte de coletâneas:

  • Amiga (1992);
  • SNES (novembro de 1993);
  • Amiga CD32 (1994);
  • Game Boy (1994);
  • MS-DOS (1994);
  • PlayStation 2 (Midway Arcade Treasures 2, 2004);
  • Xbox (Midway Arcade Treasures 2, 2004);
  • GameCube (Midway Arcade Treasures 2, 2004);
  • Jaguar (2005);
  • Xbox 360 (Midway Arcade Origins, 2012);
  • PlayStation 3 (Midway Arcade Origins, 2012).

Screenshots

As screenshots acima foram tiradas da versão de arcade do Total Carnage e foram ampliadas.

Mais informações e jogos de guerra

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