Happy Game

Uma distorção psicológica à la David Firth dos criadores de Botanicula e Chuchel.


Publicado em 15 de maio de 2025.

Happy Game é um adventure point and click independente de terror onde um menino pequeno tem que atravessar três pesadelos progressivamente mais horripilantes para ser feliz novamente. Foi desenvolvido por Amanita Design e lançado inicialmente em 28 de outubro de 2021.

Dentre outros elementos singulares, não há narrativa clara no jogo, sendo seu foco mais na atmosfera e em seus temas perturbadores, o que é promovido por um estilo visual grotesco e surreal, inspirado em sonhos e pesadelos. Existe também um uso de imagética subliminar sugere problemas na vida familiar do garoto e um recorrente e intencional humor negro.

Publicado pela própria Amanita Design e disponível para Windows, Switch, iOS e Android, Happy Game foi geralmente bem recebido pela crítica. Além disto, conta com milhares de análises muito positivas no Steam, enquanto é classificado com 3/5 estrelas no GOG, pelo menos até o momento desta publicação.

Vídeos

Acima, temos o trailer oficial da E3 de 2021 do Happy Game.

Esta é uma análise do game em sua versão de Switch bem compreensiva que usei como uma das fontes deste post. Em inglês.

Gameplay

O Happy Game é uma adventure que lembra títulos anteriores da Amanita Design, mas com uma reviravolta sombria e grotesca, e acompanha uma jovem criança presa em um pesadelo vívido e perturbador, dividido em três sequências principais — cada uma representando a busca por um objeto roubado de valor emocional: uma bola de futebol, um coelho de pelúcia e um cachorro. Esses itens levam o protagonista a mundos distintos e cada vez mais macabros, com desafios próprios e visuais psicodélicos. Ao longo dos pesadelos, o jogador vê flashbacks do passado do garoto.

A jogabilidade combina exploração com resolução de quebra-cabeças ambientais. Não há falas inteligíveis nem inventário tradicional, com tudo dependendo da experimentação com o cenário: puxar, girar, arrastar ou empurrar objetos, muitas vezes por tentativa e erro, até que algo reaja ou se transforme. Pequenas pistas visuais podem ajudar, mas o game exige atenção aos detalhes e uma certa disposição para o bizarro.

Apesar da ausência de violência explícita em jogos anteriores da Amanita, Happy Game abraça o horror com entusiasmo: desmembramentos, sangue, criaturas deformadas, sons angustiantes e flashes visuais compõem o pano de fundo de cada fase. Em meio a tudo isso, há até um ser sinistro de sorriso vermelho e olhos brilhantes que persegue o menino em momentos-chave.

O controle é híbrido: o jogador move o personagem com o direcional, mas as interações ocorrem com o cursor — o menino reage mais como um observador apático ou assombrado, o que reforça a sensação de impotência comum em pesadelos. Há momentos em que a ação precisa ser rápida para evitar a morte do personagem, embora o jogo ofereça checkpoints frequentes e um sistema de seleção de fases acessível a partir do menu principal.

Mesmo com a atmosfera opressora, a dificuldade dos puzzles varia entre leve e moderada, tornando o título acessível até para quem não é habituado ao gênero. Uma das fases mais memoráveis envolve um coelho gigante e maligno, elevando o surrealismo ao extremo. Há também uma alternância entre músicas suaves e trilhas sombrias, estilo semelhante à de The Binding of Isaac.

O Happy Game tem uma duração média de 2h30 e funciona muito bem no Nintendo Switch, seja no modo portátil ou com o console conectado à TV. É uma experiência breve, intensa e estranha que pode ser bacana pra quem busca algo fora do comum e não se incomoda com temas psicológicos e visuais perturbadores.

Apresentação

Um garotinho adormece com um pesadelo terrível. Você consegue fazer com que ele volte a ficar feliz?

  • Nova aventura de horror psicodélico dos criadores de Botanicula e CHUCHEL.
  • Enfrente e escape de três pesadelos inesquecíveis.
  • Resolva enigmas profundamente inquietantes em locais (des) encantadores.
  • Lide com coelhinhos rosas e carinhas sorridentes suspeitas.
  • Berros e músicas assustadoras de DVA, uma banda tcheca de freakfolk.

Curiosidades

  • O Happy Game foi desenvolvido sobre o Unity Engine.
  • O game foi mencionado como um próximo projeto da Amanita Design em uma entrevista com um sujeito chamado Lukáš Kunce em março de 2018, que afirmou que seria semelhante a Botanicula e Chuchel, mas mais sombrio. O jogo foi projetado por Jaromír Plachý, criador destes dois outros títulos.
  • Happy Game esteve em desenvolvimento por 7 anos.
  • A trilha sonora é composta pela banda alternativa DVA.
  • É percebida claramente uma influência de David Firth, um animador e criador britânico famoso por sua série Salad Fingers, uma animação em Flash de tom extremamente surreal, perturbador e desconfortável, lançada nos anos 2000. Seus trabalhos lidam com pesadelos, distorções psicológicas, personagens estranhos e humor negro, muitas vezes com um ritmo lento e clima inquietante.
  • Este jogo foi anunciado oficialmente em 15 de dezembro de 2020 durante uma apresentação do Nintendo Indie World e estava programado para ser lançado no outono de 2021.
  • Uma versão demo do jogo foi lançada em 3 de fevereiro de 2021 durante o Steam Game Festival. Não sei se é a mesma disponível gratuitamente até hoje.
  • Счастливая игра – Grafia do título do game em russo.
  • ハッピーゲーム – Grafia do título em japonês.
  • 快乐游戏 – Grafia do título em chinês simplificado.
  • 해피 게임 – Grafia do título em coreano.

Screenshots

Play Vex 7

Sobre o download

O Happy Game é um game normalmente pago que pode ser encontrado para PC (Windows e Mac) nas lojas da Steam, Epic, Itch.io e GOG sendo que o nosso link de download leva para esta última. Existe uma versão demo gratuita do jogo também.

Descrição dos desenvolvedores sobre o conteúdo

Algumas pessoas poderão sentir desconforto ou convulsões quando são expostas a luzes intermitentes, por isso e caso sejas sensível a imagens intermitentes, sangue ou violência, toma as devidas precauções antes de jogar. O Happy Game consiste essencialmente no conteúdo mencionado acima.

Para além disso, o jogo também apresenta diversas personagens de fantasia envolvidas em violência cómica absurda. Vais ver frequentemente sangue no chão (na melhor das hipóteses), mas poderás também testemunhar a decapitação de coelhinhos ternurentos e muito mais. Sem qualquer censura.

Nota: o Happy Game não é lá muito alegre.

Idiomas

  • Áudio: croata, chinês (tradicional), búlgaro, árabe, vietnamita, checo, inglês, holandês, galês, dinamarquês, italiano, indonésio, japonês, hebraico, hindi, finlandês, alemão, francês, grego, húngaro, coreano, sueco, turco, ucraniano, tailandês, espanhol (Espanha), catalão, tagalog, lituano, chinês (simplificado), malaio, português, português (Brasil), norueguês, polonês, sérvio, eslovaco, romeno, russo e espanhol (América Latina)
  • Texto: chinês (tradicional), inglês, japonês, checo, árabe, holandês, chinês (simplificado), coreano, polonês, espanhol (Espanha), português, português (Brasil), espanhol (América Latina), turco, russo, ucraniano, italiano e alemão.

Requerimentos mínimos em sistema

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Mais informações e adventure

Download e ficha técnica

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