Centurion: Defender of Rome

Game com clima único e temática muito interessante.


30 de dezembro de 2023

Centurion: Defender of Rome é um jogo de estratégia baseada em turnos onde o objetivo é se tornar um César, ou seja um imperador do Império Romano, na Antiguidade. Foi desenvolvido pela Bits of Magic e lançado inicialmente em 1990.

Publicado pela Electronic Arts, quando esta ainda prestava, e disponibilizado para MS-DOS, Amiga, Mega Drive, FM Towns e NEC PC-9801, Centurion: Defender of Rome foi recebido de forma geralmente positiva pela crítica.

Conheci este game mais ou menos em 1994, num Mega Drive mesmo, e achei incrível tanto a temática quando o clima único do jogo. Embora já fosse fã de estratégia por causa do Civilization, não cheguei a ser bom no Centurion, pois a gente só conseguia ficar pouco tempo com ele, mas é um dos títulos deste console mais nostálgicos pra mim.

Vídeos

Acima, temos a gameplay da versão de Mega/Genesis do Centurion, que foi a que conheci no hardware original, como já dito.

Já o segundo vídeo é uma longplay da versão de PC do jogo. Tem quase duas horas e meia de duração, sem comentários.

Gameplay

O Centurion: Defender of Rome é um jogo de estratégia baseado em turnos que coloca o jogador, começando como um jovem legionário romano em 275 AC, com o objetivo de conquistar o mundo conhecido através da força e/ou diplomacia, lutando em terra e no mar. Se começa apenas com uma província, Roma, e uma legião, sendo que todas as províncias do mapa devem ser conquistadas.

Uma parte do jogo consiste em microgerenciar suas províncias, definindo as taxas de impostos e providenciando entretimento para as massas. Em Roma, pode-se organizar uma corrida de bigas no Circus Maximus, um combate de gladiadores ou até mesmo uma simulação de batalha naval, o que inicia mini-games de ação onde você controla o cavaleiro da carruagem, o gladiador ou o navio.

Outra parte é a conquista militar, que envolve criar legiões ou fortalecê-las em qualquer província controlada pelo jogador, sendo que deve-se ter homens suficientes na província, ou tal legião ficará incompleta e mais fraca. Existem três tipos de legiões, cada uma com força diferente. Também se pode mover uma legião para uma província vizinha.

Ao entrar em uma província que ainda não controla, você pode falar com o governante de lá. Com sorte, poderá convencê-lo a lhe dar a província de graça; mas isso não é muito provável e muitas vezes vai acabar em batalha, sendo estas em tempo real, embora com pausas sob demanda para dar ordens às formações. Ainda no tocante à diplomacia, é até possível seduzir a rainha Cleópatra após formar uma aliança com o Egito (o problema vai ser tomar uma injeção de antibiótico depois de mexer ali).

Quando sua legião ataca uma província ou defende uma das suas províncias de um invasor (como como os celtas, cartagineses e Partos), a partida muda para uma visão isométrica do campo de batalha. Você pode dar ordens à sua legião (supondo que eles estejam ao alcance da voz do comandante) e observar enquanto brigam com as forças inimigas. Eventualmente, um dos lados será completamente eliminado ou entrará em pânico e recuará.

Finalmente, se pode comprar navios de guerra e travar batalhas navais com a frota inimiga. Isto é representado como um mini-game de ação com um duelo de naves emblemáticas. No entanto, o resultado da batalha depende, na verdade, da força da sua frota.

Curiosidades

  • O Centurion foi criado por Kellyn Beck, designer de vários títulos da Cinemaware, e compartilha muito do conceito e da sensação do Defender of the Crown (1987), um jogo anterior de Beck, o que é refletido em cinemáticas, animações e efeitos sonoros.
  • Originalmente lançado ao MS-DOS, em 1990, o jogo foi posteriormente portado para o Amiga e Mega Drive em 1991. Em 1993, saiu também para FM Towns e NEC PC-9801.
  • Na sua 8 edição (setembro de 1991) a revista Enchanted Realms deu o prêmio de Distinctive Adventure Award ao Centurion.
  • A música utilizada nas batalhas navais foi retirada do clássico filme épico Ben-Hur. Foi na cena em que o personagem homônimo era um escravo de galera. De fato, Beck se inspirou neste filme e em Spartacus para criar o Centurion.
  • O título provisório do jogo era “Caesar”, mas isso não tem nada a ver com a franquia que veio a surgir mais tarde.
  • A equipe da Bits of Magic, que coprojetou e programou o jogo, incluía Nicky Robinson, de Star Control e Mail Order Monsters.
  • César, o título imperial que o protagonista almeja, encontra-se em outras formas. A variante Czar, por exemplo, foi utilizada no Império Búlgaro (913 – 1018, 1185 – 1442), na Bulgária (1908 – 1946), no Império Russo e na Sérvia (1346 – 1371). No Império Austríaco, Império Austro-Húngaro e Império Alemão, o título teve a forma de kaiser (do grego Καίσαρ (Kaisar). Dá pra ouvir o pessoal falando “Kaisar” ou “Kaiser” no excelente A Paixão de Cristo, na hora que Nosso Senhor foi apresentado à Pilatos, e agora você sabe que eles não estavam se referindo à cerveja.
  • センチュリオン Defender of Rome – Grafia japonesa.

Screenshots

As screenshots acima são de várias versões do Centurion e foram kibadas do MobyGames. Algumas foram ampliadas.

Mais informações e estratégia

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2 comentários para “Centurion: Defender of Rome”

  1. Helinux disse:

    Lembro de quando vi fotos desse jogo na revista Supergame…era a versão do Mega Drive, lembro!!!! Grande clássico, só tenho boas lembranças da época 16 bits, valeu!!!!

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