Fantasy Zone II: The Tears of Opa-Opa

Cores chocantes e muita ação!


3 de fevereiro de 2024

Fantasy Zone II: The Tears of Opa-Opa (ファンタジーゾーンII オパオパの涙) é um jogo de tiro com rolagem lateral onde, como no primeiro Fantasy Zone, se controla uma nave espacial senciente contra inimigos invasores surreais. Foi desenvolvido pela Sega e lançado inicialmente em 1º de agosto de 1987.

Publicado pela própria Sega e disponibilizado para Master System, MSX, NES, Nintendo 3DS, Wii, PlayStation 2 e fliperama, Fantasy Zone II: The Tears of Opa-Opa foi geralmente bem recebido pela crítica.

O Fantasy Zone 2 deve ter ido bem no mercado também, pois foi apenas o segundo jogo de sua série, a qual tem pelo menos mais uns oito títulos. Alias, o game contar com um número substancial de fãs até os dias de hoje.

Vídeos

Acima, o canal Cosmic Effect, joga, apresenta e comenta o Fantasy Zone 2.

Já no segundo vídeo, do canal World of Longplays, temos o port de MSX do game até o fim.

Sinopse

Opa-Opa volta novamente para salvar o Fantasy World…e descobrir o surpreendente segredo sobre sua existência.

Gameplay

Em Fantasy Zone 2, você controla Opa-Opa, uma fofa navinha colorida com asas nas laterais, para destruir as grandes criaturas de cada mundo antes de passar para o próximo. Sua tarefa se torna difícil por causa de outros pequenos monstros que passam pelas fases.

Existem dois tipos de ataques, fire (“fogo”) e bomb (“bomba”). Os ataques de fogo disparam horizontalmente, como num shooter qualquer, e diferentes variantes podem ser adquiridas em lojas. As bombas caem pra baixo e são mais poderosas. Outras variantes têm outros comportamentos e são limitadas em quantidade.

Semelhante ao Defender (1981), os níveis são rolagem lateral tanto para a esquerda ou para direita e se repetem indefinidamente. Cada zona contém diversas “bases” que servem como alvos primários. Uma novidade nesta sequência são as warps escondidas atrás de certas bases que permitem viajar entre diferentes zonas.

Ao destruir uma criatura grande, será dropada uma nota de um dólar, que pode ser recolhida e usada na loja para comprar itens e armas mais poderosas, como raios laser, tiros x-way e asas grandes. Outra forma de conseguir dinheiro é atirar em certos tipos de inimigos em sequência.

Na maioria das vezes, algumas criaturas grandes revelam um warp em vez de uma nota de dólar. Você pode passar pelo warp para chegar a outra parte do mundo e destruir mais monstros grandes. Apenas um deles terá um portão de dobra na forma de um sinal vermelho de ‘pare’, o qual leva ao chefe da rodada, mas você deve derrotar todas as criaturas grandes da fase para poder passar por ele.

As lutas contra chefões não permitem viagens livres como nos estágios principais, e forçam o jogador a enfrentar o chefe ou ir numa direção específica. Os chefes são geralmente muito grandes e mudam de cor para refletir o dano sofrido. A fase final é uma boss rush na qual o jogador deve lutar contra uma sucessão de chefes anteriores antes de lutar contra o chefão final.

Também, como no original, você pode andar no chão para evitar a aproximação dos inimigos e gastar dinheiro nas lojas, descobertas em pontos-chave, para conseguir novas armas, bombas vidas extras e upgrades de velocidade do Opa-Opa, como asas maiores ou motores a jato. Estas são permanentes desde que o jogador não perca uma vida, mas as atualizações das armas são limitadas no tempo e as bombas em quantidade. Os itens ficam cada vez mais caros com as aquisições subsequentes, incentivando o jogador a variar suas compras.

Enredo

No passado, o corajoso herói Opa-Opa salvou a Fantasy Zone das forças invasoras de Menon, mas a sua vitória teve um preço, pois foi forçado a lutar contra o seu próprio pai, quem liderou a invasão. Agora é o Ano Espacial 1432, 10 anos depois daquela batalha, e as forças de Nenon estão espalhando o caos pela Fantasy Zone. Opa-Opa deve mais uma vez voar para lá e derrotar a invasão.

No final do jogo, Opa-Opa fica cara a cara com o idealizador da invasão: uma cópia idêntica de si mesmo. Depois de uma batalha tensa, o pai de Opa-Opa aparece para confrontá-los, e vê-lo leva Opa-Opa às lágrimas, o que faz com que o segundo Opa-Opa desapareça. Mais tarde, é revelado que este gêmeo é uma manifestação física dos impulsos e desejos sombrios de Opa-Opa, gerados a partir de uma guerra que ocorreu durante sua infância, e que buscava levar a Fantasy Zone à ruína.

Reunido com seu pai, Opa-Opa consegue expurgar essa escuridão de si mesmo e jura que tal desastre nunca mais ocorrerá.

Curiosidades

  • Fantasy Zone II foi inicialmente desenvolvido para Master e posteriormente portado para arcades. Isso explica por que parece e soa significativamente pior do que o Fantasy Zone de fliperama, já que era baseado em uma placa “System E”, basicamente era Master System numa placa de arcade, em vez do hardware System 16 do original.
  • Esta versão de arcade foi adaptada pela Sunsoft, que também lidou com os ports pra Famicom dos jogos Fantasy Zone no Japão, e lançada em 1988, um ano depois de seu homólogo de console.
  • Entretanto, a versão de fliperama ainda apresenta aprimoramentos em relação ao original. Os gráficos e o som são aparentemente idênticos, mas algumas alterações foram feitas. Há um cronômetro que obriga o jogador a progredir rapidamente pelas fases e contadores que mostram quais alvos foram destruídos, como no primeiro jogo. Existem também novos bônus de pontuação de final de nível.
  • A versão de arcade ainda usa o Zilog Z80 como CPU e dois chipes de som Texas Instruments SN76496.
  • O jogo também saiu para NES (1988), MSX2 (1989), PlayStation 2 (2008), Wii (1009) e 3DS (2014).
  • Ao contrário da versão original, o subtítulo da versão de Famicom na tela de título diz “The Teardrop of Opa-opa”.
  • Como seu antecessor, Fantasy Zone II se afasta dos temas de tiro em rolagem com suas cores brilhantes e designs extravagantes. Por esta razão, é ocasionalmente apelidado de “cute ’em up”.
  • De fato, o encarte do Master System promete “cores chocantes e muita ação!” no Fantasy Zone II.

Remake no System 16

Em setembro de 2008, a Sega lançou um remake de Fantasy Zone II como parte da compilação Sega Ages Vol. 33 Fantasy Zone Complete Collection. Desenvolvido pela M2, o game é único em relação à maioria dos remakes, pois não é uma tentativa de modernizar um trabalho mais antigo, mas uma reimaginação do título como um jogo de arcade em hardware System 16 como seu antecessor, em vez de um título para um Master System mais limitado. Foi descrito como um remake “What If” e segue estritamente as limitações técnicas da época em que Fantasy Zone II foi originalmente lançado.

O CEO da M2, Naoki Horii, afirmou que esta recriação foi inspirado pela sua frustração do Fantasy Zone nunca ter tido uma verdadeira sequência de fliperama: “Joguei muito o de Master, mas no fundo do coração, realmente queria vê-lo em hardware de arcade“. Para garantir que o projeto ficasse limitado ao equipamento original, a M2 desenvolveu o título em hardware System 16 real, com um modesto aumento de memória para 256 KB, que M2 apelidou de System 16C), e pode ser reproduzido no compilação através da tecnologia de emulação da empresa.

O remake mostra direitos autorais da SEGA de 1987, não faz menção ao M2 e não tem distinção de título do jogo original. Por causa disso, pode ser facilmente confundido com um título de fliperama real de 1987. Os fãs apelidaram esta versão de “Fantasy Zone II DX” para distingui-la das versões originais. Este remake estava além do escopo dos recursos solicitados pela Sega e do orçamento disponível, então Horii financiou o desenvolvimento do próprio bolso por uma quantia que ele descreveu como “cerca do custo de um carro novo“.

O DX segue o Fantasy Zone II original de forma muito vaga, puxando inimigos, música, locais e elementos de jogabilidade do jogo Master System e combinando-os com conteúdo e elementos completamente novos do Fantasy Zone original de arcade. As fases e os inimigos são em grande parte baseados nos do original, mas alguns são difíceis de reconhecer. Apenas cerca de metade dos chefes do jogo correspondem aos do original.

A mudança mais notável é na estrutura de níveis. Em vez de ter várias zonas distintas em cada fase que devem ser limpas, cada fase do remake tem duas dimensões paralelas (Bright Side e Dark Side) de tamanho comparável aos níveis do primeiro Fantasy Zone. As bases destruídas numa dimensão também serão destruídas na outra, tornando possível limpar totalmente o nível de um lado ou de outro. O Dark Side é mais difícil, mas oferece maiores recompensas em pontos e dinheiro ganho. Os chefes são iguais em ambos os lados, mas têm padrões de ataque consideravelmente mais difíceis no lado sombrio. O jogo também apresenta três finais, que dependem se os níveis do Dark Side foram concluídos e se alguns itens específicos foram comprados.

A música, arranjada por Manabu Namiki, usa melodias de muitas canções da trilha sonora original de Fantasy Zone II, de Tokuhiko Uwabo, mas é calculadamente reorganizada em um estilo mais semelhante ao do compositor do primeiro Fantasy Zone, Hiroshi Kawaguchi. Namiki também escreveu faixas originais para o jogo.

A M2 lançou uma demo gratuita de sua versão do Fantasy Zone II em seu site que permite ao usuário baixar e jogar o primeiro e o segundo níveis em um computador Windows. O link neste site funciona até hoje, mas o instalador está todo em japonês e tal. Não fica claro se é um trial, que para de funcionar depois de certo tempo, ou é só tipo um shareware das antigas mesmo, que dá pra jogar pra sempre, embora só uma parte do produto registrado.

Enfim, o remake foi contrabandeado e lançado nos fliperamas sob o título “FZ-2006 II” pelo fabricante taiwanês ISG. O bootleg tem data de copyright de 2006, mas na verdade parece ser derivado do lançamento do PlayStation 2 de 2008 por conter a mesma string “2008-07-15VER” incorporada nos dados da ROM. A Sega também produziu um número limitado de unidades de fliperama rodando hardware System 16 real para promover o lançamento desta recriação.

Uma versão de 3DS desta versão de 16 bits do Fantasy Zone II foi lançada no Japão em 2014 e internacionalmente em 2015. Intitulado 3D Fantasy Zone II W, inclui novos recursos, conteúdo e um segundo modo de jogo chamado Link Loop Land, um modo de sobrevivência sem fim estrelado pelo irmão de Opa-Opa, Upa-Upa. Também está incluído na coleção Sega 3D Classics.

Série

O Fantasy Zone II é o segundo jogo de sua série:

  1. Fantasy Zone (1986);
  2. Fantasy Zone II – Opa Opa no Namida (1987);
  3. Opa Opa (lançado internacionalmente como Fantasy Zone: The Maze) (1987);
  4. Galactic Protector (1988);
  5. Fantasy Zone Gear – OpaOpa Jr. no Bouken (1991);
  6. Space Fantasy Zone (1990);
  7. Super Fantasy Zone (1992);
  8. Fantasy Zone (Redemption Game) (1999);
  9. Fantasy Zone II – The Tears of Opa-Opa (2008);
  10. Medal de Fantasy Zone (2012).

Screenshots

As screenshots acima foram tiradas da versão de Master System e estão aqui ampliadas.

Mais informações e Fantasy Zone

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5 comentários para “Fantasy Zone II: The Tears of Opa-Opa”

  1. Helinux disse:

    Esses dias estava assistindo o desenho Zillion e depois de muitos anos é que eu percebi que o Opa Opa é mascote deles la´, quando vi lembrei desse jogo!!!! Valeu!!!!

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