Cancel Culture leva desenvolvedor de jogos ao suicídio

A 'Cancel Culture', parte das ondas de histeria que se sucedem a qualquer denúncia SJW, independente da sua veracidade ou ao menos credibilidade do denunciante, leva desenvolvedor de jogos ao suicídio.


2 de setembro de 2019

A “Cancel Culture”, parte das ondas de histeria que se sucedem a qualquer denúncia SJW, independente da sua veracidade ou ao menos credibilidade do denunciante, leva desenvolvedor de jogos ao suicídio.

Alec Holowka (30 de outubro de 1983 – 31 de agosto de 2019) foi um desenvolvedor indie de games, cofundador das companhias independentes Infinite Ammo, Infinite Fall e Bit Blot. Ele era conhecido por ter colaborado com Derek Yu para criar o Aquaria e o freeware I’m O.K – A Murder Simulator e com Scott Benson e Bethany Hockenberry para criar Night in the Woods.

Recentemente, uma tal de Zoë Quinn, uma mulher conhecida por não ser flor que se cheire, começou a acusar o sujeito de abuso físico e emocional. Não se sabe se isto é verdade, pois, mesmo antes de verificar se as denuncias conferem, as represálias contra a carreira de Holowka começaram a surgir, levando este sujeito, quem já tinha transtornos psíquicos graves, a tirar sua própria vida.

Não conhecia Holowka e não coloco minha mão no fogo, mas este tipo de coisa “culpado até que provem o contrário depois que o estrago já foi feito” não pode continuar. É loucura. Tem que se dar o benefício da dúvida ao acusado, exatamente o contrário do que estão fazendo. Por isso, resolvi gravar a edição de número 82 das Notícias do Facínora a respeito, onde comento e faço algumas considerações a respeito do caso:

Eu não parei pra olhar, mas não duvidaria que tem gente comemorando o suicídio do sujeito só porque uma mulher qualquer (aliás, conhecida por ser vigarista), fez uma acusação sobre algo que teria acontecido a 10 anos atrás não para as autoridades, mas na internet. De qualquer maneira é, engraçado que o mesmo pessoal que enche a boca para falar de democracia, para defender alguma besteira que eles rotulam como democrática, passa facinho por cima da presunção de inocência, um dos conceitos basilares (e um dos poucos realmente louváveis) deste arranjo de sociedade.

É também o mesmo tipo de gente que se escandaliza quando algum verdadeiro estuprador ou assassino é preso, morre depois de trocar tiro com a polícia ou quando alguém defende pena de morte para certos tipos de crime (eu não defendo, só quero que os verdadeiros criminosos sejam neutralizados de alguma forma). Ou seja, a mesma gentalha que vive falando de empatia, pedindo “mais amor” e outras conversinhas bonitinhas no papel, não ligam minimamente para os princípios mais básicos da democracia e muito menos pra vida humana, quando é para empurrar suas agendas politicamente corretas.

Quiseram fazer algo parecido com o pessoal da Voidpoint recentemente, diga-se de passagem. Eles quase cederam, o que podia levar a resultados semelhantes, mas depois pensaram bem e tomaram uma atitude mais certa.

Enfim, além deste excesso de hipocrisia aliado a falta de coerência e de (verdadeira) empatia desta corja, deve-se frisar o fato que essa Zoë Quinn é uma vigarista de marca maior que roubou a maior grana de pessoas que colaboraram em uma campanha de financiamento coletivo que ela criou (veja num dos vídeos abaixo). Não que o fato de ela ser trambiqueira torne a sua acusação falsa per se, mas seria um dos motivos para investigar este caso com ainda mais cuidado, antes de tomar qualquer providência.

Falando em Zoë Quinn, basta lembrar que ela foi também pivô do tal Gamergate, uma parada que começou porque um ex-namorado acusou-a de dormir com um tanto de jornalistas para ela conseguir review bom em um dos jogos dela. Também não sei se isso é verdade, até porque um sujeito tem que ser muito louco pra namorar com uma mulher destas, mas o fato é que isso deu o maior rebu. Você pode argumentar que isso é piranhagem ou até uma forma de prostituição, mas não houve vítimas (exceto o suposto corno), mas é interessante que isto mostra que chegamos num ponto onde falar que uma mulher teve sexo consensual é pior do que acusar um homem de crime horríveis e acabar, até literalmente, com a vida dele.

De acordo com a irmã de Holowka no Twitter, ele estava “lutando contra distúrbios de humor e de personalidade” durante sua vida, mas “foi vítima de abuso”. Ela explicou que ele vinha tentando corrigir seus próprios distúrbios nos últimos anos através de terapia e medicação, afirmando também que Holowka “disse que desejava o melhor para Zoë e todos os outros”.

Vale lembrar que foi na tão mal falada Idade Média que o processo de investigação que deu as bases para o que conhecemos hoje como direito civil surgiu. Na Antiguidade, poderia-se, por exemplo, ajuntar um punhado de gente para acusar uma pessoa que ela já estava condenada, sem direito de defesa, nem a chance de explicar suas ações. Desta forma, a “cancel culture” não é um progresso, mas algo involutivo. Diria até que seria um processo descivilizacional, embora seja evidente que essa turminha psicótica de cabelo azul não iria sobreviver 5 minutos na barbárie, até porque essa histeria toda que eles semeiam só serve mesmo é para justificar uma regulação cada vez maior da vida das pessoas.

Mais vídeos

No vídeo abaixo, o canal CENTRAL conta com mais detalhes a falcatrua da Zoë Quinn, a mesma que acusou o Holowka de abuso, quando ela roubou 85 mil de gamers:

No vídeo seguinte, o cara do canal The Quartering comenta os eventos que sucederam depois do suicídio do Alec Holowka:

Atualizações (11/09/2019)

Saiu mais vídeos sobre essa dona aí e a treta é mais cabeluda do que pensávamos.

Abaixo, o The Quartering fala sobre mensagens diretas de Zoe Quinn que mostram que ela não é boa bisca:

Os próximos vídeos comentam os tweets antigos dela que foram descobertos e contradizem as acusações que ela fez ao tal Holowka:

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