Gun Frontier

Gun Frontier (1991) é um jogo de tiro estilo shoot 'em up com rolagem vertical e original dos fliperamas cujo cenário combina o Velho Oeste com ficção científica. Conta com bons gráficos e é bem difícil.


7 de setembro de 2020

Gun Frontier (ガンフロンティア) é um shoot ’em up com temática futurista onde o jogador deve enfrentar uma raça alienígena de reptilianos piratas espaciais. Foi desenvolvido pela Taito e lançado inicialmente aos fliperamas japoneses, o que se deu em janeiro de 1991.

Publicado pela própria Taito e disponibilizado também para Saturn, PlayStation 2, Xbox e Windows, o Gun Frontier não foi recebido de forma positiva pela crítica e, embora tenha muito bons gráficos, música de fundo e efeitos sonoros para sua época, a sua jogabilidade é ruim e apresenta elementos que o tornam desnecessariamente difícil. Isto certamente colaborou para que este game não fosse um sucesso, embora tenha recebido uma sequência em 1991, Metal Black.

Vídeos

Acima, temos o Gun Frontier sendo jogado e comentado pelo canal Defenestrando Jogos, que fez uma análise muito informativa e descontraída deste shmup. O vídeo, que tem mais de meia hora de duração, é a principal fonte de dados desta publicação.

Tem também um playthrough do canal World of Longplays que mostra o port de Saturn do game, sem comentários, sendo totalmente detonado.

Enredo

O ano é 2120 e os terráqueos se espalharam para fora da sua galáxia, colonizando planetas inabitados em diferentes sistemas solares. Um planeta a ser colonizado foi Gloria, o qual tem uma enorme oferta natural de ouro. Esta descoberta tornou Gloria um grande destino para emigração, ao ponto que as pessoas ficavam totalmente empobrecidas só para custear a viagem ao planeta. Devido a isso, a vida no planeta prosperou em um cenário semelhante ao Velho Oeste americano, com o comércio de ouro ajudando Gloria a avançar em tecnologia e conhecimento, tanto que, entre os habitantes, viviam talentosos inventores e engenheiros.

No entanto, os colonos não eram os únicos que foram tentados pelo ouro do planeta: piratas do espaço conhecidos como Wild Lizards rapidamente invadiram Gloria e começaram a dizimar as cidades e escravizar seu povo. Dois inventores de Gloria, parte das equipes de desenvolvimento do planeta, decidiram atacar os invasores, criando e usando dois caças na forma de revólveres gigantes com asas de avião.

Gameplay

O Gun Frontier se passa em um cenário futurista de ficção científica durante o século 22, onde a humanidade conseguiu se expandir para as estrelas além da Via Láctea e começou a colonizar planetas desabitados através de diferentes sistemas solares. Em termos de gameplay, não difere muito de qualquer outro shoot ’em up de rolagem vertical.

Os jogadores (até dois ao mesmo tempo) começam com armas duplas (tipo metralhadora) que podem ser reforçadas ao recolher cinco moedas que dropam de inimigos com forma de búfalo que garantem upgrades às naves. Também se começa com umas bombas que são atualizado para uma maior destruição através do recolhimento de barras de ouro de forças terrestres destruídas. Uma vez que um jogador acumula 25 bombas, eles têm acesso ao Bomber Max, a arma mais forte do jogo.

Os pilotos também podem pegar moedas girando com dois lados diferentes: um lado de prata e um lado de ouro. Se o jogador coleta a moeda no lado de prata, ele apenas ganha outra moeda para suas armas. No entanto, se o jogador coleta a moeda no lado dourado, suas armas e bombas são totalmente maximizadas. Essa moeda aparece depois de usar um continue.

Uma das característica únicas das bombas é que a direção de suas explosões podem ser determinadas pelo movimento do controle. Se o jogador move o avião para o canto inferior direito da tela e lança uma bomba, ela vai viajar na direção oposta movimento do avião. Esta característica só pode ser utilizada, no entanto, quando se tem uma grande quantidade de bombas, pois apenas uma ou duas bombas irão causar nada além de uma pequena explosão. Como a maioria das bombas em shoot ’em ups, estas também funcionam como um escudo contra o fogo inimigo.

O jogo usa um sistema de checkpoints que no single player traz o jogador de volta ao último destes pontos que ele passou caso morra. Ser atingido pelo fogo inimigo resultará na perda de uma vida e um nível da arma da aeronave. Uma vez que todas as vidas sejam perdidas, é game over a menos que, naturalmente, se insira mais créditos para continuar jogando.

Gun Frontier também utiliza um mecanismo anti-autofire onde dificulta ao máximo sustentar uma taxa de fogo muito rápida, algo completamente desnecessário, diga-se de passagem.

Curiosidades

  • Este jogo é conhecido fora do Japão como Gun & Frontier.
  • O diretor deste jogo, o Sr. Takatsuna Senba, foi um animador que se juntou à Taito, e seu primeiro trabalho foi Master of Weapon. Ele logo se tornou um diretor famoso, dirigindo Metal Black e Gun Frontier. Estes dois shmups tem ótimos gráficos e músicas, e muitos jogadores japoneses lembram o nome de Senba graças a estes dois trabalhos.
  • O game foi concebido por Senba durante seu tempo de trabalho na Taito, que serviu como seu primeiro trabalho original sob o papel de designer e produtor. Ele já havia trabalhado em Battle Shark, Darius II and Master of Weapon.
  • Alguns afirmam que o Gun Frontier foi inspirado do manga/anime de mesmo nome de Leiji Matsumoto. Trata-se de uma história divertida, emocionante e escandalosa que ocorre em um planeta sem lei no espaço, onde só se encontra pó de areia e redemoinhos. Neste lugar, dois homens totalmente diferentes, Harlock ‘o Quick Draw e Tochiro, o Mestre Espadachim, tem que encontrar uma mulher misteriosa chamada Sinunora e viajar juntos. Este trio estranho se envolve em brigas emocionantes e ultrajantes e parecem atrair uma luta após outra.
  • Leiji Matsumoto, em sua série Cosmo Warrior Zero, recicla elementos de Gun Frontier para o personagem Silvana. Parece que o tie-in do PlayStation foi produzido pela Taito e o planeta se parece com Gloria neste shoot ’em up.
  • S. Yagawa prestou homenagem a este jogo na programação de Battle Garegga, que tem um monte de recursos emprestados de Gun Frontier, e não apenas design, mas também o fato de poder destruir o cenário e os sistemas de armas e bombas.
  • Como em Master of Weapon, Hisayoshi Ogura, que aparece na lista de créditos, não compôs o BGM. De acordo com Takatsuna Senba, algumas BGMs foram encomendadas por V. Ohashi.
  • A Pony Canyon/Scitron lançou um álbum em uma edição limitada com a trilha sonora deste jogo (“Runark, Gun Frontier – PCCB-00060”) em 21 de abril de 1991.
  • A Zuntata Records lançou um álbum em uma edição limitada com a trilha sonora deste jogo (“Zuntata History L’ab-normal 1º – ZTTL-0038”) em 1 de abril de 1999.
  • Em 2012, um álbum contendo a compilação da trilha sonora do Gun Frontier, Metal Black e Dino Rex foram lançados.
  • Para PlayStation 2, Xbox e Windows, o Gun Frontier saiu na coletânea multiplataforma Taito Legends 2, de 2006. Estes ports apresentam diferenças em relação ao original.
  • De acordo com Takatsuna Senba, o verão de 1990 foi muito quente e eles encomendaram ventiladores para resfriar os escritórios. Mas os computadores superaqueceram e todos os dados e fontes do jogo quase desapareceram.
  • Gun Frontier tornou-se um dos vários projetos criados para promover o então recém-lançado hardware Taito F2 System e teve um ciclo de desenvolvimento turbulento, passando por várias mudanças antes de seu eventual lançamento no mercado.
  • O jogo foi portado para o Saturn pela GOO! e publicado exclusivamente no Japão pela Xing Entertainment em 25 de setembro de 1997 como parte de sua série de lançamentos Arcade Gear para o console.
  • O título é dedicado ao engenheiro do F2 System, Katsujiro Fujimoto, que morreu durante o desenvolvimento em um acidente.
  • Apesar de receber uma resposta mista do público, Senba e alguns dos membros da equipe de desenvolvimento criaram um shooter de rolagem horizontal para Taito após seu lançamento, Metal Black, como já dito. A sequência foi produzida sob o título de trabalho interno “Project Gun Frontier 2”, embora sua conexão real com o original seja bem superficial. O programador de Battle Garegga e Recca, Shinobu Yagawa, desde então o referiu como um de seus títulos favoritos, revelando seu desejo de desenvolver um jogo similar.

Dicas e instruções

  • Pressione o botão fire para atirar.
  • Utilize o botão de ataque especial para largar uma bomba ou uma Bomber Max.
  • Depois de largar um explosivo, use o direcional para determinar a direção da explosão: baixo → frente, cima → trás, esquerda → frente daí direita e direita → frente daí esquerda.
  • Recolha cinco moedas de prata para ganhar um upgrade (até cinco níveis).
  • Cada barra de ouro garante uma bomba. Acumule 25 para ter uma Bomber Max.
  • Colete uma moeda Max e vai jogar cara ou coroa. Se você tiver sorte, pode ganhar um power-up completo.
  • O Gun Frontier tem um sistema de classificação. Se jogar bem, você pode alcançar uma classificação alta. Mas para conseguir isso tem que jogar de forma diferente.

Equipe

  • Autor e produtor: Takatsuna Senba;
  • Design de jogo: Takatsuna Senba, Takamasa Hoei, Takayuki Ogawa, Naoya Kuroki, Brody Tadashi, M&F Nagai e Yasuhisa Watanabe (Yack.);
  • Programação: Tarabar e Naoya Kuroki;
  • Compositor de som: Yasuhisa Watanabe (Yack.) e Hiroshi Ogura(ORG);
  • Elenco: Lee Ho Chan e Ogawa Shonen;
  • Agradecimentos especiais: Hideki Hashimoto, Hidehiro Fujiwara, Toshi Kouno, Akr Fujita, Zak Munn, Jinsei Tany, Ohno wepokichi, Tsuyoshi Sato, Ryohcho Yagi e Nakamura Taicho.

Detalhes técnicos

  • Hardware: Taito F2 System;
  • Game ID: F2-System No. 09;
  • Stickers de baile (o que quer que isso seja): C71;
  • Jogadores: 2;
  • Controles: joystick de 8 direções e dois botões (tiro e bomba).

Screenshots

As screenshots acima foram tiradas da versão de arcade do Gun Frontier e foram ampliadas.

Mais informações e shoot ’em ups antigos

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