Mesmo com forte rejeição popular, projeto anti-games avança

Mesmo com forte rejeição popular, o projeto de lei que anti-games criado por um zé mané aí avança na câmara, através de uma maracutaia parlamentar feita na surdina.


5 de abril de 2019

Mesmo com forte rejeição popular, o projeto anti-games criado por um zé mané aí do PSL avança na câmara, através de uma maracutaia parlamentar feita na surdina que o vinculou a uma outra proposta de lei idiota até pouco tempo engavetada.

Como noticiamos outro dia, surgiu um tal de Júnior Bozzela (daquela turminha do “socialismo light” que foi visitar e puxar saco da China pra comprar equipamento de monitoração) querendo criminalizar videogames com aquelas desculpas fajutas de sempre, mesmo já tendo sido comprovado várias e várias vezes que jogos violentos não tem relação com comportamento agressivo.

Através da PL-1577/2019, Bozzela pretendia criminalizar o desenvolvimento, distribuição e comercialização e até o emprestimo de jogos violentos no país. Entretanto, depois do projeto receber uma formidável rejeição de 99% de desaprovação pela população e lhe render críticas que o deixaram tristinho (veja a print abaixo), parecia que esta ideia esdrúxula e acintosa seria esquecida.

Só que como o Diabo é contundente em inspirar os seus a fazer o mal, eles sempre tem várias cartas na manga. Agora, a câmara (um antro de parasitagem desses aí) apensou a proposta de Bozzela à PL-6042/2009, que corresponde a “tipificação do crime de difusão a violência“, registrada por Carlos Bezerra (MDB-MS). Sendo assim, a PL que propõe a restrição da indústria dos games agora está veiculada a outra que quer delimitar a difusão de conteúdo violento de forma geral.

O resultado da consulta popular a respeito da PL-1577/2019, a original.

O resultado da consulta popular a respeito da PL-1577/2019, a original. Clique na figura para ampliá-la um pouco.

Alguns argumentam que esta maracutaia parlamentar tornou-se mais perigosa, pois foi realizada de forma sutil para não alardear a população novamente. Com isso, a Câmara poderia aprovar essa presepada sem o consentimento ou conhecimento público, até mesmo porque a parte a respeito da criminalização dos videogames estará nas entrelinhas.

Ou seja, é uma vigarice insidiosa, o que não não espanta nada visto que estamos aqui lidando com políticos. E isto não é exclusividade do PSL ou do PMDB, tem gente do PT, PDT, PL, PFL e outras quadrilhas querendo regular/criminalizar videogames também. Todos os envolvidos com essa conversinha tem que ser jogados no lixo, SEMPRE. Inclusive, isto é uma conversa muito séria que não pode transformar em palanque pra militante encher o saco.

Vídeos a respeito

Abaixo selecionei alguns vídeos que tratam do assunto da PL-1577/2019, a original, pra você se situar:

O primeiro é o “Deputado cria lei para PROIBIR jogos violentos, a que ponto do ABSURDO chegamos“, do GameplayRJ.

O segundo é do Velberan, que já divulguei aqui também.

O terceiro é um meu, que, na primeira parte, mostra como esta tendência de impor regulações aos videogames é internacional e, por isso, devemos ficar extremamente vigilantes e repudiar qualquer proposta veementemente (mais informações aqui).

Mesmo que seja cansativo, é preciso que, mais uma vez, tomemos providências contundentes contra a tirania e a torpeza de quem se arroga o poder de mandar na vida da gente.

Saiba mais

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