John Carmack é premiado por suas contribuições para a VR, mas decide largar e trabalhar com outra coisa

John Carmack, gênio e um dos principais criadores do Doom, é premiado por suas contribuições para a VR (Realidade Virtual), mas, dizendo estar atrás de outros desafios, decide largar e trabalhar com outra coisa.


17 de novembro de 2019

John Carmack, gênio e um dos principais criadores do Doom, é premiado por suas contribuições para a VR (Realidade Virtual), mas, dizendo estar atrás de outros desafios, decide largar e trabalhar com outra coisa.

Em seu discurso de aceitação do seu Lifetime Achievement Award (algo como “Prêmio de Realização de Vida”) dado pelos VR Awards deste ano, Carmack, quem estava trabalhando pro Mark Fvckerberg na Oculus VR, afirmou que não está satisfeito com ritmo que a realidade virtual está progredindo e vai se dedicar no desenvolvimento de outra sigla, AI, ou Inteligência Artificial.

Resolvi gravar a 104ª edição das Notícias do Facínora a respeito dessa parada toda:

No vídeo acima, o qual contou com a ajuda do Ancapepe (do ChoppaCast), comentamos a mudança de ramo de John Carmack e acabamos também falando sobre energia nuclear e outros assuntos. Como fundo do vídeo, resolvi colocar uma partida picareta do clássico beat ’em up da Capcom de 1991, Captain Commando.

Enfim, o prêmio foi recebido no dia 11 de novembro de 2019, sendo um reconhecimento não apenas das contribuições de Carmack para a realidade virtual em seus anos como CTO (Chefe de Tecnologia) da Oculus, mas também da sua ilustre carreira: “John foi uma inspiração para todos nós no setor de realidade virtual; estamos orgulhosos de reconhecer o trabalho que ele fez e seu contínuo e imenso impacto”, disse Daniel Colaianni, presidente da AIXR. “À medida que o hardware e a tecnologia continuam evoluindo, John sem dúvida estará liderando a vanguarda da inovação para a realidade virtual”.

Entretanto, Carmack acredita que esta indústria ainda em seu estado nascente e que, quando ficou sabendo que ganhou o prêmio, pensou que isto poderia ser prematuro, dizendo que muitas vezes fica “meio mal-humorado no escritório, porque realmente não estou satisfeito com o ritmo do nosso progresso. Quando estou na VR, vejo a mágica lá, mas meu cérebro está sempre vomitando coisas ‘a fazer’, lembrando-me de todo o trabalho que ainda falta a ser concluído. Então, vai demorar um pouco até eu me sentir bem em relembrar minhas realizações”. Veja o discurso dele completo no vídeo abaixo:

Além disto, dois dias depois, John, em um post do Facecuck, simplesmente declarou que está deixando a Oculus VR e quer enfrentar novos desafios enquanto ainda pode. A partir desta semana, ele fará a transição para se tornar consultor da empresa daquele vigarista do Zuckerberg, o que lhe permitirá ainda estar envolvido no desenvolvimento da tecnologia, mas tomando uma fatia menor do seu tempo.

Carmack disse que seus esforços anteriores em desenvolvimento de jogos, engenharia aeroespacial (sim, ele também é um cientista de foguetes), e a própria VR sempre lhe ofereceram uma linha de visão para solucionar problemas. Agora ele quer ver o que acontece quando não tem essa vantagem, enquanto não fica muito velho para isso.

O cientista descreveu a inteligência artificial como um campo que ele descreveu como “enormemente valioso” e onde acredita que tem chance de fazer a diferença. Carmack também disse que sua segunda escolha seria trabalhar em “reatores de fissão nuclear com boa relação custo-benefício”, mas desistiu, “não teria sido tão adequado para esse estilo de trabalho”, visto que, de acordo com o post, parece que ele quer trabalhar em casa mesmo.

A publicação original e na íntegra segue abaixo:

Voltando a falar sobre a realidade virtual

Bom, ao meu ver, Carmack está querendo conforto (trabalhar em casa) e, ao mesmo tempo, ver como ele se sai num campo onde as suas experiências passadas não te darão tanta vantagem como lhe deram em outras áreas, mas ele falou uma coisa que eu concordo muito: que esse lance de realidade virtual e todos os seus avanços não “significam muito se não puderem trazer algo de valor ao usuário”. De acordo com um pessoal que conheci que trabalhou nesta área, ainda é algo meio assim mesmo.

Apesar disto, Carmack, quem já havia mexido um pouco com uma forma de realidade virtual primitiva nos anos 90, considera que a era moderna desta tecnologia começou com o protótipo Oculus Rift de Palmer Luckey, o que ele ajudou a levar na E3.

Por fim, ele também espera “ter sido útil em trazer essa nova tela para as pessoas trabalharem, e que o trabalho que essas pessoas façam esteja abrindo o caminho no futuro”.

Mas no fundo eu queria mesmo que ele voltasse era a criar o Doom.

Fontes e mais coisas para você ver

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