Final Fight

Depois deste clássico, brigas de rua mudaram pra sempre!


3 de abril de 2017

Final Fight (ファイナルファイト) é um jogo de luta estilo beat ’em up com rolagem de tela horizontal (side scrolling) desenvolvido pela Capcom e lançado originalmente para os fliperamas (CPS-1) em dezembro de 1989.

O icônico game levou a fórmula consagrada pelo Double Dragon, de 1987, a um novo nível, melhorando a jogabilidade, as animações, os gráficos e o gameplay em relação a este clássico da Technos. Desta forma, Final Fight viria a ser o novo porta-voz e padrão do gênero beat ’em up, com uma grande variedade de personagens distintos e bem animados que se movem por fundos coloridos e detalhados e com um sistema de controle que é tão intuitivo quanto complexo.

O legado de Final Fight é enorme. Considerado um dos melhores jogos de seu gênero, deu origem a uma série que rendeu 5 sequências e justificou ports para vários sistemas. A sua influência sobre os beat ’em ups foi praticamente definitiva e absoluta, sendo muito difícil ver algum game deste tipo que não tenha pelo menos um pouco de seu DNA. Não é à toa que este grande game é cultuado até os dias de hoje por muitos da velha guarda, e arrisco a dizer que tem muito o que oferecer às novas gerações também.

Vídeos

O vídeo acima foi feito pelo canal Defenestrando Jogos, que não mostra o gameplay linear do jogo, mas partes do mesmo, ilustrando uma série de curiosidades e informações interessantes do game. A maioria destes dados nós compilamos e adaptamos neste post.

Temos também o WarpCast (da WarpZone) que fala desse jogo, um dos mais importantes do gênero beat ’em up.

Enredo

Metro City, uma cidade americana ficcional, tem sido governada pela violência e morte por anos a fio, algo que o prefeito recém-eleito e lutador aposentado, Mike Haggar, pretende mudar. No centro do problema, está a enorme gangue conhecida como Mad Gear. Esta quadrilha controla todas as principais atividades criminosas na cidade, já conhecida como a “Capital do Crime”. Quando os vagabundos souberam dos planos de Haggar, tomaram medidas imediatas para intimidar e controlar o prefeito: sequestraram sua filha, Jessica, e começaram a aterrorizar a cidade.

Ao invés de ceder ou roubar a população para criar alguma medida idiota e inútil, como qualquer prefeito da vida real faria, Haggar decide chamar Cody, um jovem especialista em artes marciais e namorado de Jessica e Guy, um ninja amigo de Cody. Os três vão unir forças para limpar a Mad Gear das ruas da cidade e resgatar a garota.

Gameplay

Um ou dois jogadores podem jogar simultaneamente este clássico beat ’em up. Eles podem optar por Guy, Cody ou Haggar. Guy é o mais rápido e fraco entre eles, tendo a habilidade de pular nas paredes e voltar com mais impulso para suas voadoras. Cody é o personagem que equilibra velocidade e força, podendo usar as facas sem lançá-las quando os inimigos estão próximos. Haggar é o mais forte e lento entre eles, podendo executar o poderoso pilão, que é feito ao segurar um inimigo, pressionando pulo e depois o botão de ataque.

Cada um dos personagens usa os punhos, voadoras e joelhadas para atacar os inimigos, além de um golpe especial que consegue mandar para longe todos os inimigos que o rodeiam (que custa um pouco de sua energia). Armas também podem ser encontradas e usadas, como facas, espadas e canos de metal, sendo que alguns inimigos também podem empunhá-las e dropá-las depois de serem derrubados.

A energia dos personagens pode ser recuperada ao se encontrar comida pelas fases do Final Fight, geralmente escondida em barris e latões de lixo (algo que virou até meme). Itens que aumentam sua pontuação também podem ser recolhidos pelas fases.

Existem seis áreas de uma cidade infestada por vagabundos diversos para os jogadores limparem na base da porrada. Nóias, piromaníacos, lutadores de telecatch são apenas uns dos tipos de inimigos que este beat ’em up apresenta.

Ports

O Final Fight foi disponibilizado para as seguintes plataformas. Note que, em algumas delas, o jogo saiu como parte de coleções ou coletâneas.

  • Arcade (1 de dezembro de 1989);
  • Super Famicom/SNES (21 de dezembro de 1990);
  • Commodore 64 (1991);
  • Amstrad CPC (1991);
  • Amiga (1991);
  • Atari ST (1991);
  • ZX Spectrum (1991);
  • Sharp X68000 (17 de julho de 1992);
  • Sega Mega CD (25 de março de 1993);
  • Game Boy Advance (26 de setembro de 2001);
  • PlayStation 2 (2005, Capcom Classics Collection Volume 1);
  • Xbox (2005, Capcom Classics Collection Volume 1);
  • PSP (2006, Capcom Classics Collection Remixed);
  • J2ME (2006);
  • iOS (15 de setembro de 2011);
  • Wii U (15 de outubro de 2015);
  • Windows (10 de outubro de 2018, Capcom Beat ‘Em Up Bundle);
  • Mega Drive (Final Fight Ultimate).

Série

Como dissemos acima, além ter influência sobre vários outros títulos do gênero (inclusive grandes nomes), referências em outros jogos, conversões para outras plataformas e inúmeros clones, o Final Fight também deu início a uma série composta de seis games até o momento:

  1. Final Fight (1989, Arcade);
  2. Final Fight 2 (1993, Super NES ou Super Famicom);
  3. Mighty Final Fight (1993, NES ou Famicom);
  4. Final Fight 3 (1995, Super NES ou Super Famicom);
  5. Final Fight Revenge (1999, Fliperama);
  6. Final Fight Streetwise (2006, PS2, XBOX).

Curiosidades

  • Final Fight é conhecido como o oitavo jogo feito para o sistema CPS-1.
  • Este jogo estava sendo projetado, originalmente, para ser uma sequência do Street Fighter que iria ser chamado de Street Fighter 89. Antes mesmo de sua concepção final, a Capcom decidiu mudar o nome do projeto para Final Fight e reservar o nome Street Fighter para o segundo jogo, que seria lançado dois anos depois.
  • Uma das grandes inspirações do game é, certamente, o filme Streets of Fire, de 1984. A mais evidente similaridade é o protagonista que se chama Tom Cody, que se parece muito com o Cody do Final Fight. No filme, a ex-namorada do herói também foi sequestrada por uma perigosa gangue e tem que ser resgatada na base da porrada, através de cenários urbanos decadentes. Saiba mais sobre esse filme aqui.
  • O nome do Guy é escrito com o kanji que significa “Victory Song”. O lutador é inspirando no cantor Guy Picciotto, do grupo Fugazi.
  • O inimigo Andore foi criado como uma homenagem ao falecido Campeão do WWF, Andre Rene Roussimoff, conhecido como “Andre o Gigante”, como já explicamos aqui.
  • O Mike Haggar é também inspirado em um lutador de telecatch. O seu background faz paralelos com a história do Jesse Ventura, que deixou os ringues para se tornar governador de Minnesota.
  • Dois membros da gangue, Axl and Slash, são parodias de Axl and Slash, da banda farofeira Guns ‘n Roses.
  • Abigail é uma referência ao álbum homônimo do cantor King Diamond, lembrando que o personagem também tem pinturas em sua face que lembram bastante as da fase inicial do cantor.
  • Sodom, nome de outro personagem do game, é também o nome de uma das quatro grandes bandas de thrash metal alemãs (Big Teutonic Four) o Sodom.
  • De acordo com a Capcom, até 30 de junho de 2016, o Final Fight já havia vendido 1,48 milhões de cópias no mundo todo. Como já tem relativamente um bom tempo, capaz do jogo ter vendido bem mais, até porque teve mais relançamentos de, como no compilado Capcom Beat ‘Em Up Bundle.
  • Este jogo foi listado no livro 1001 Video Games You Must Play Before You Die (algo como “1001 Games que Você Tem que Jogar Antes de Morrer”), do General Editor Tony Mott. Outros jogos listados neste livro são o MDK e o Serious Sam: The First Encounter.
  • O inimigo de nome Two P. aparece no jogo Forgotten Worlds, também da Capcom. Neste, ele é o segundo jogador 2P ou, melhor dizendo, Player 2.
  • Existem várias versões piratas desse jogo mas as mais famosas são a Final Crash e Street Smart/Final Fight. A primeira é praticamente a mesma coisa. Já a segunda é uma versão aonde é possível jogar com uma serie de inimigos além de ter toda a jogabilidade alterada.
  • Alguns meses antes do lançamento de Final Fight, a Capcom lançou um jogo de corrida chamado Mad Gear, o nome da quadrilha que Haggar, Guy e Cody enfrentam neste antológico game.
  • A música tema de Jolyon Myers de port de Amiga do jogo é uma composição original sua chamada Lost In Time, originalmente feita para o disco de demonstração/música Amazing Tunes II (1990) desta plataforma, que também tinha outras músicas de Myers sob seu nick The Judge (o mesmo com o qual é creditado no Final Fight). Embora as composições e samples reais sejam idênticos entre as duas versões, a versão usada no Final Fight toca um pouco mais rápido do que a versão original do Amazing Tunes II.
  • A versão de Game Boy Advance se chama Final Fight One e é considerada um dos melhores ports deste beat ’em up. É bastante fiel, embora seja um pouco mais acelerada e conte com algumas diferenças, como a Roxy e Poison trocadas por uns punks.
  • Em 6 de junho de 2022, fiquei sabendo que uns fãs estavam desenvolvendo um port não oficial do Final Fight para o Mega Drive, o Final Fight Ultimate. Pelas cenas, esta versão vai ter multiplayer co-op, algo que ficou faltando no port de SNES do clássico.

Ruas de Fogo

No vídeo a seguir, do Coleção em Ação Show, fala-se a respeito do Ruas de Fogo (Streets of Fire), o filme oitentista que influenciou bastante o Final Fight. Também aborda a sua sequência tenebrosa de ruim e traz mas curiosidades:

Diferenças entre as versões

A versão de Super Nintendo do game apresenta algumas mudanças significantes à de fliperama, mas existem outras com diferenças também:

  • As versões do Final Fight para computadores pessoais incluem uma foto da filha do prefeito amarrada em sua roupa íntima durante a sequência de abertura, que só foi vista em fliperamas japoneses (foi censurada na Europa e na América). Não sei se o relançamento do jogo para Windows é assim.
  • Poison, Roxy e outras não tiveram muita sorte em aparecer nos consoles caseiros. Todas as versões da Nintendo as substituíram completamente por inimigos masculinos (isso inclui o remake do GBA, pelo menos a versão dos EUA) e, embora apareçam em alguns ports raros, só podem ser encontrados com roupas editadas. Apenas a rara versão japonesa do SEGA CD as mostra em sua forma original.
  • Em contraste com o Final Fight de SNES, a versão americana do Final Fight CD tinha menos diferenças em relação à japonesa original: as punks receberam roupas um pouco mais longas, o sangue foi retirado; Jessica usa seu vestido vermelho na introdução; o nome de DamnD foi alterado para Thrasher; o nome do Sodom foi alterado para Katana; o graffiti “SEXY” das privadas do banheiro foi removido e as referências a cerveja e uísque foram removidas.
  • O programador do Final Fight de Amiga Richard Aplin incluiu uma peça de texto humorístico nesta versão que diminui a importância do Sistema de Carregamento Dinâmico de Ronald Pieket Weeserik, usado no SWIV para carregar o game sem perder velocidade. Aplin argumenta que outros já haviam escrito o código antes, mas acharam-no muito embaçado de usar na maioria das circunstâncias, embora tenha aparecido no Final Fight.

Screenshots

Sobre o download

O nosso link para download do Final Fight ao jogo na forma de um conteúdo normalmente pago para o Capcom Arcade Stadium, que é, a grosso modo, uma espécie de Fightcade oficial da Capcom (se eu estive errado, me corrija). O Capcom Arcade Stadium, em si, é grátis.

Alternativamente, existe o Capcom Beat ‘Em Up Bundle, uma coletânea também normalmente paga que vem com o Final Fight, Captain Commando, The King of Dragons, Knights of the Round e Warriors of Fate, Armored Warriors e Battle Circuit.

Idiomas: inglês, francês, italiano, alemão, japonês, chinês simplificado, chinês tradicional, espanhol (Espanha).

Requerimentos em sistema

As especificações abaixo consideram o Capcom Arcade Stadium:

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